quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Notícias: Simulacro de incêndio em Matosinhos


Simulacro de incêndio testou operacionalidade dos meios
Câmara “pegou fogo”

O incêndio, com origem numa sobrecarga do sistema informático da Câmara, resultou em duas vítimas mortais, 15 feridos graves e 41 ligeiros.
A notícia poderia começar desta forma se não se tratasse apenas de um simulacro levado a cabo, na passada quinta-feira, na Câmara de Matosinhos. O objectivo foi exercitar os planos de emergência, bem como criar hábitos de evacuação, preparando todos os intervenientes para eventuais situações de emergência e, ainda que algumas falhas tivessem sido apontadas, o balanço feito pelas autoridades presentes no exercício acabou por ser positivo.
Por volta das 14h30 e depois de ter sido dado o alerta de um incêndio por sobrecarga do sistema informático, começaram a chegar ao local os primeiros meios. INEM, PSP, Polícia Municipal, Cruz Vermelha Portuguesa, Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) e quatro corporações de bombeiros do concelho e outras da Área Metropolitana do Porto acorreram ao local para proceder à evacuação das cerca de 700 pessoas que se encontravam no edifício.
Do “incêndio” acabariam por resultar duas vítimas com queimaduras graves que morreram à chegada ao hospital, 15 feridos graves e 41 feridos ligeiros. Um exercício executado em paralelo com a realização de um outro no Hospital Pedro Hispano, que atendeu os supostos 58 feridos e que aproveitou, assim, o simulacro para testar a sua capacidade de resposta neste tipo de acidentes graves.
Presente e a acompanhar todas as operações no local, a vereadora da Protecção Civil assumia-se, no final, satisfeita com o balanço feito, ainda que apontasse algumas falhas a corrigir. “Este tipo de exercícios serve exactamente para vermos onde estão as fragilidades e para, numa próxima vez, as corrigirmos. Algo que detectamos, por exemplo, foi aqui, na zona de estacionamento das ambulâncias, que têm de passar a entrar e sair todas na mesma direcção o que, por momentos, não aconteceu. O cruzamento das ambulâncias é uma das coisas que não pode voltar a acontecer”, assumiu Joana Felício.
Segundo a autarca, “estamos a viver um momento em que a aposta na cultura da segurança é grande”, daí a importância deste primeiro exercício do género realizado no edifício camarário: “É, de facto, um momento importante para testarmos a operacionalidade, para criarmos hábitos, para que as pessoas comecem a perceber toda esta dinâmica da evacuação e, num futuro simulacro ou até mesmo numa situação real de emergência saibam como actuar, pacificamente e mantendo alguma calma”.
Recorde-se que no âmbito da criação de uma cultura de segurança, a autarquia criou, este ano, um Sistema de Salvamento Balnear, vocacionado para a segurança de banhistas e utilizadores da costa, ao longo de todo o ano; tem participado na elaboração de planos de emergência dos estabelecimentos de ensino, instituições de solidariedade, unidades industriais ou comerciais e elaborou os planos de emergência dos edifícios municipais. Por outro lado, tem, ainda, no que aos estabelecimentos de ensino diz respeito, vindo a promover diversas acções de formação e sensibilização nas escolas públicas e privadas do concelho. Até ao momento, já sensibilizou para as regras de evacuação e noções básicas de protecção civil cerca de 11 escolas EB1 e Jardins de Infância, num total de 1702 alunos, 59 professores e pessoal não docente em número de 36, em 41 acções de sensibilização.

Alguns números:
INEM - 2 VMERS, 2 médicos e 2 enfermeiros
CVP - 18 homens e 6 viaturas
PSP - 22 homens e 6 viaturas
PM - 6 homens e 2 viaturas
Bombeiros do município - 51 homens e 16 viaturas
11 ambulâncias de fora do concelho
Serviço Municipal de Protecção Civil - 6 pessoas e 1 viatura e 8 elementos da Divisão de Promoção Social e Saúde com psicólogos e assistentes sociais

Por: Carla Festas

in.: www.matosinhoshoje.com

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