sexta-feira, 26 de junho de 2009

Notícias: Cruz Vermelha apela à criação de novas formas de solidariedade

A Cruz Vermelha Portuguesa promove hoje 'um minuto de silêncio evocando todas as vítimas de conflitos e catástrofes dos últimos 150 anos', um iniciativa em memória da Batalha de Solferino, que esteve na origem da criação da organização.

A cerimónia, que decorre no Palácio da Rocha de Conde d'Óbidos, Lisboa, surge como forma de celebrar a Batalha de Solferino (ocorrida a 21 de junho de 1859 durante a segunda guerra de independência italiana) e no âmbito da campanha mundial 'O nosso mundo. A sua acção' que foi lançada a 08 de Maio.

Em comunicado de imprensa, a CVP explica que o sofrimento humano testemunhado por Henry Dunant na Batalha de Solferino levou-o a reunir as mulheres das aldeias vizinhas para socorrer os soldados feridos que jaziam por terra, sem qualquer assistência.

Estes seriam os primeiros passos para a criação do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a maior organização humanitária do mundo com 186 Sociedades Nacionais e quase 100 milhões de voluntários.

A campanha 'O nosso mundo. A sua acção' é um apelo para a acção face aos actuais desafios humanitários, como conflitos, pobreza, migrações e violência, entre outros.

Actualmente existem mais de 2,6 mil milhões de pessoas vulneráveis - 40 por cento da população mundial que vive com menos de dois dólares por dia, alerta a CVP.

Cinquenta mil pessoas por dia (18 milhões) estão a morrer devido a causas relacionadas com a pobreza e mais de 250 milhões são afectadas anualmente por desastres relacionados com o clima e mais de 98 por cento destes ocorrem nos países em desenvolvimento.

No contexto das alterações climáticas, mais de 344 milhões de pessoas encontram-se expostas a ciclones tropicais.

Cerca de três por cento da população mundial é migrante, estimando-se que metade sejam mulheres e que 20 por cento se encontram em situação irregular.

in.:www.correiodominho.com



O presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) defendeu hoje ser necessário criar um novo modelo de desenvolvimento e pensar em novas formas de solidariedade.

A Cruz Vermelha Portuguesa promoveu hoje “um minuto de silêncio” em Lisboa para lembrar todas as vítimas de desastres dos últimos 150 anos, ou seja, desde que foram dados os primeiros passos na criação do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

"Há aqui uma dualidade no mundo em que vivemos que teremos de considerar a sério e que não se resolve com umas migalhas de solidariedade, não chega. É preciso repensar o mundo, é preciso olharmos para outro modelo de desenvolvimento", defendeu Luís Barbosa, em declarações à Lusa.

De acordo com o presidente da CVP, "em todos os minutos morrem seres humanos [vítimas] de doenças, de fome, de guerras e de conflitos", o que prova que este "não é o mundo do século XXI, para as pessoas civilizadas", que todos "pensam ser". É, assim, necessária uma nova forma de fazer solidariedade, defendeu.

"Cada um tem uma parcela de reflexão a fazer e este minuto de silêncio é precisamente um convite à reflexão sobre o mundo em que estamos: o que é que vamos fazer, como é que eu na minha actividade posso ser útil, como é que eu posso ajudar a mudar um pouco o mundo, como é que posso não me esquecer daqueles que me rodeiam", desafiou.

Presente neste "minuto de silêncio", a ministra da Saúde, Ana Jorge, descreveu a iniciativa como "uma boa oportunidade para chamar a atenção da comunidade em geral sobre o problemas das catástrofes e da guerra em que a vida da pessoa humana nem sempre é respeitada".

De acordo com dados da Cruz Vermelha existem actualmente mais de 2,6 milhões de pessoas vulneráveis, ou seja, a viverem com menos de dois dólares por dia.


in.:www.acorianooriental.pt

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