terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Notícias: Emergência Social? Ligue 144. Equipa de Rua CVP Braga faz 1 ano.

Acorrem a situações de violência doméstica, crianças em risco, desalojados e outras emergências sociais em todo o distrito de Braga. São a ajuda de quem liga para o n.º 144 - Linha Nacional de Emergência Social (LNES), a qualquer hora do dia, em qualquer dia do ano.


(FOTO PROPRIEDADE DO BLOG CVP-EMERGENCIA.
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Marco Silva, Nuno Rodrigues e Carlos Costa constituem, juntamente com uma coordenadora, a equipa da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) que, no terreno dá resposta à Linha Nacional de Emergência Social.
Fez um ano em Novembro que a delegação de Braga da CVP assumiu o serviço.

Violência doméstica, idosos, crianças e jovens em risco, desalojados/sem-abrigo e tráfico humano são as áreas tipificadas de intervenção, mas pode haver outras circunstâncias que configurem uma emergência social.
Nuno Rodrigues explica que a equipa presta apoio a quem, por qualquer motivo, se vê impossibilitado de satisfazer as suas necessidades mais básicas e/ou estão em perigo.

Vinte e quatro horas por dia

É assim 24 horas por dia, sendo que a maior parte das situações surge depois das 23h00 e também aos fins-de-semana, fora do horário de expediente da Segurança Social.
Já são mais de uma centena as emergências a que a equipa distrital de Braga já deu resposta.
O maior número de pedidos de ajuda está relacionado com violência doméstica e com desalojados, aponta Marco Silva, assistente social de profissão.

Guimarães, Barcelos e Braga têm sido, até agora os concelhos com mais solicitações, mas a equipa percorre todo o distrito.
A equipa central de Emergência Social, ligada à Segurança Social, recebe os pedidos e faz a triagem, antes de encaminhar para as equipas, uma por cada distrito, todas asseguradas pela Cruz Vermelha Portuguesa.

O primeiro passo é sempre ir ao local para confirmar o diagnóstico de emergência social.
Mediante a situação encontrada, é preciso encontrar a melhor resposta, refere Nuno Rodri-gues.
No momento, quase sempre de noite, as vítimas ficam a cargo da Cruz Vermelha, sendo encaminhadas, no dia seguinte, para os serviços locais da Segurança Social.

Há situações como as de violência doméstica ou de crianças em risco em que se impõe uma resposta de protecção imediata.
“A vítima tem que sentir que as coisas estão a acontecer” explica Carlos Costa, o único elemento da equipa que é psicólogo.

Neste contexto, há que “fazer pressão, pela positiva, para acelerar o processo” afirma Marco Silva.
Por outro lado, é preciso estabelecer laços de confiança. “O primeiro momento é importante para as pessoas confiarem no serviço” realça Carlos Costa.
“As pessoas depositam em nós toda a confiança e responsabilidade” acrescenta Marco Silva.
Por isso, tem de haver sempre resposta, mesmo fora dos horários de expediente, aponta o psicólogo.

Setenta e duas horas é o prazo máximo estipulado para resolver a situação, indica Nuno Rodrigues que destaca a “solidariedade inter-institucional que se estabelece em nome do interesse das vítimas”, apontando a colaboração dos serviços locais da Segurança Social e dos parceiros directos como as forças policiais.

Às vezes, há emergências em simultâneo. A equipa ainda está no terreno a decidir a melhor actuação numa determinada situação e recebe outra chamada, refere Nuno Rodrigues.
Nem sempre a equipa consegue seguir os casos. Também há situações em que a equipa se cruza com as mesmas vítimas, como a violência doméstica, em que a reincidência faz parte da dinâmica desta problemática.

in.:www.correiodominho.com

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