quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Notícias: 145 anos de Cruz Vermelha Portuguesa.

Os 145 anos da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinalam-se quinta feira sem grandes festejos, mas antes com preocupações sobre o que falta fazer e com a procura de áreas de intervenção pouco exploradas.

'Acho que estamos numa altura de refletir, de agir, de ver o que é o nosso mundo e a nossa ação com poucas festas e comemorações. Precisamos mais de agir para resolver os problemas que temos pela frente. Comemorar na Cruz Vermelha é olhar para o que falta fazer', disse à Lusa Luís Barbosa, presidente da CVP.

Segundo Luís Barbosa, a instituição fará simplesmente 'uma chamada e um agradecimento' aos seus voluntários e profissionais pelo trabalho desenvolvido: 'E por aí nos vamos ficar'.

À frente dos destinos desta Organização Não Governamental desde 2005, o responsável considera que a instituição está 'numa boa orientação', sobretudo porque tem sabido adaptar-se 'a novas realidades' e a procurar 'espaços vazios'.

'Apesar de o Estado se afirmar cada vez mais como modelo social - mais preocupado - há enormes espaços vazios por preencher e a missão da Cruz Vermelha é procurar inserir-se nesses espaços onde há tarefas muito relevantes que podemos desempenhar', sublinhou.

Luís Barbosa referia-se, por exemplo, a tarefas de apoio domiciliário a idosos, saúde mental, saúde pública, apoio psicossocial, apoio a crianças e projetos especiais relacionados com reclusos ou com jovens com problemas de insucesso escolar e marginalidade.

Segundo o presidente da instituição, uma das maiores dificuldades, que se torna um desafio, é arranjar dinheiro para desenvolver todas as actividades.

'Evidentemente, a Cruz Vermelha tem tido ao longo dos anos uma atitude de auto-sustentabilidade muito importante. Temos do Ministério da Defesa um subsídio relacionado com o lar militar, mas tudo o resto é resultado da prestação de serviços e da nossa capacidade de angariação de fundos. É importante não estarmos dependentes de subsídios', afirmou.

Questionado sobre a necessidade de ter mais voluntários a colaborar com a Cruz Vermelha Portuguesa, respondeu: 'Quando temos um bom projeto não nos faltam voluntários', assegurou
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in.:www.correiodominho.com

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