terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Notícias: Aniversário da CVP Leiria.

"A Cruz Vermelha em Leiria está viva"




Indicar à população que a Cruz Vermelha Portuguesa "está viva" e 'recomenda-se' é um dos principais desejos da delegação de Leiria ao apagar 106 velas, que apela à "solidariedade" para com os mais necessitados.


Para assinalar o seu aniversário, a CVP leiriense preparou um programa alargado, com vista a dar a conhecer as actividades que desenvolve e a angariar fundos para os vários projectos que tem na 'manga'. Isto porque "as delegações também têm que se adaptar à realidade social e da sociedade". "A primeira preocupação é dar indicação aos leirienses que a Cruz Vermelha Portuguesa está viva. A delegação tinha essa lacuna. Quando uma casa tem sempre a porta principal fechada, dá a sensação que a casa é de um emigrante. Devo dizer que nunca vi esta porta aberta", disse ao Diário de Leiria o tenente-coronel Luís Alves.

No entanto, para aquele responsável da CVP, não basta manter a porta da delegação aberta, é necessário que a 'casa' esteja organizada. É esse o segundo desejo no 106º aniversário.
"Não posso ter um planeamento ajustado, mas tenho que planear na altura, porque as equipas são compostas por voluntariado, e só assim é melhorado o serviço à comunidade", salientou.
Segundo Luís Alves, a delegação da CVP apostou na aquisição de algum material informático, com vista a "dar respostas mais rápidas" e "tentar melhorar as condições de habitabilidade na delegação".
"Estamos a tentar mexer na nossa visão e na estratégia que definimos, tendo sempre como base a estratégia da direcção nacional da Cruz Vermelha", disse, pretendendo uma delegação "mais próxima do cidadão e mais operacional na ajuda".
"Se conhecermos o espaço onde estamos, mais cedo podemos chegar e com mais facilidade", frisou Luís Alves.
Para o efeito, o edifício da CVP de Leiria, pertença da Câmara Municipal, está a sofrer algumas intervenções, para dotar o espaço de melhores condições de acolhimento.
O programa de aniversário contempla a inauguração de uma sala de honra e de um auditório, mas é intenção da direcção realizar obras no rés-do-chão do edifício, para criar "gabinetes médicos apetecíveis".
"Inicialmente, o edifício seria para demolir, no âmbito do Programa Polis. Agora, aguardamos um sinal da autarquia para saber se ficamos ou não. Se a câmara nos garantir que este edifício não é demolido vamos, ao nosso ritmo, com as nossas capacidades, fazendo intervenções. As pessoas passam a entrar pela sala, no lugar de entrarem pelas traseiras, e vamos criar gabinetes médicos com dignidade e qualidade", explicou.
Caso a parte logística da CVP saia da cidade, a direcção pretende criar um alojamento social, de tipologia T1, no seu edifício. "No lugar de pagar a uma residencial, as pessoas ficariam aqui. Pagariam a estadia, mas tinham também um melhor acompanhamento da equipa da Cruz Vermelha", acrescentou Luís Alves.
Actualmente, a delegação serve também de 'casa' para reuniões anónimas, onde as pessoas trocam as suas experiências, desde o problema do alcoolismo à toxicodependência.
A Cruz Vermelha de Leiria conta com 300 associados.

in.:www.diarioleiria.pt

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