quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Notícias: CVP Beja com novas instalações.

Cruz Vermelha de Beja vai ter novas instalações

O sonho deve começar a tomar forma este ano. Essa é, pelo menos, a convicção dos responsáveis pela delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), que depois de alguns avanços e recuos com o projecto contam dar início às obras de construção das suas novas instalações em meados de 2010. O futuro edifício aguarda apenas a aprovação de uma das especialidades do projecto (já por duas vezes rejeitada pela Protecção Civil) e a empreitada deverá estar pronta no prazo de 18 meses, custando à instituição cerca de três milhões de euros.
No fundo, este é um projecto “bastante urgente, porque temos consciência que prestamos um bom serviço mas não temos um espaço físico adequado”, explica ao “CA” a presidente da comissão administrativa da CVP em Beja, crente que com novas instalações a instituição poderá libertar-se dos actuais “espartilhos”, nomeadamente o facto dos seus serviços estarem espalhados por vários pontos da cidade, o que só em rendas custa perto de seis mil euros.
A isto acresce o facto de actualmente existir lista de espera na unidade de fisioterapia dada “a falta de espaço e não por falta de pessoal”, enquanto que ao nível da terceira idade a CVP de Beja não pode admitir mais utentes no apoio domiciliário porque não tem uma cozinha com espaço para confeccionar mais refeições. “E também não podemos admitir mais utentes porque o quadro de pessoal está completamente preenchido de acordo com o espaço que temos”, complementa Maria Augusta Lança.

Intervenção alargada. As novas instalações da CVP em Beja serão construídas na Colina do Carmo, num lote de terreno cedido pela Câmara de Beja, e terão as valências de lar de apoio à terceira idade, centro de dia e apoio domiciliário, além de acolher igualmente a unidade de fisioterapia e os serviços de emergência e formação profissional. Para trás ficará o centro histórico da cidade, onde a instituição vai tentar manter as actuais instalações na rua da Casa Pia, que são propriedade da Segurança Social, para aí guardar algumas viaturas e o equipamento do hospital de campanha.
Quando a obra estiver concluída, a CVP criará entre 10 a 15 novos postos de trabalho e alargará igualmente a sua capacidade de intervenção até “60 e poucos” utentes em internamento, 75 em apoio domiciliário e 35 em centro de dia. E no âmbito da sua unidade de fisioterapia, poderá começar a colaborar com outras entidades além da Administração Regional de Saúde do Alentejo, dando apoio até 160 utentes por dia, duplicando a capacidade actual.
Para concretizar tudo isto, a CVP de Beja apresentou uma candidatura, entretanto indeferida, ao Programa Operacional do Potencial Humano e conta recorrer a mais programas de apoio. “Mas nada é garantido”, confessa Maria Augusta Lança, que conta com o apoio da “casa-mãe” para fazer a obra. “É muito dinheiro e como não temos verba disponível a Cruz Vermelha Portuguesa vai fazer um empréstimo junto da banca”, explica.

in.:www.correioalentejo.com

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