domingo, 11 de abril de 2010

Notícias: Novo serviço para uso para vítimas de violência doméstica. TeleAssistência CVP.

Pessoas alvo de violência doméstica de Porto e Coimbra vão ter acesso a equipamentos móveis de aviso imediato


As vítimas de violência doméstica dos distritos de Coimbra e Porto vão poder ter um equipamento semelhante a um telemóvel - mas de botão único - que liga automaticamente para os serviços da Cruz Vermelha Portuguesa. Para isso basta que a própria vítima adquira este aparelho de teleassistência por 26 euros por mês ou que lhe seja atribuído por um juiz de instrução criminal, quando esteja a decorrer um inquérito.

Para já, a partir desta semana - e até 2012 -, cinquenta equipamentos móveis vão ser distribuídos às vítimas de maus tratos por decisão de um juiz de instrução criminal. Esta medida de "segurança acrescida" irá ser atribuída em casos em que o suspeito aguarde julgamento - ou cuja sentença ainda não tenha transitado em julgado - e ainda aos casos de reincidentes deste tipo de crimes.

Esta experiência-piloto é o resultado de um protocolo assinado pela Comissão para a Igualdade de Género e a Cruz Vermelha Portuguesa. A partir de 2012 poderá ser alargado para todo o País.

"Os utentes podem contactar, a qualquer hora, os técnicos da Cruz Vermelha premindo o botão vermelho do equipamento móvel", explica Marta Silva, da Comissão para a Igualdade de Género, em declarações ao DN. "E isso pode acontecer caso necessitem de 'mero' apoio psicológico em que o botão é accionado para chegar à fala de um psicólogo", explica a técnica. "Ou para casos de emergência em que a vítima nem pode falar por estar perto do agressor e estar na iminência de ser agredida de novo."

Neste caso é automaticamente accionado um sistema de alta-voz em que os técnicos da Cruz Vermelha decidem se chamam de imediato as forças de segurança -PSP e GNR -, os serviços de emergência médica. "A partir do momento em que nos apercebemos do que se trata e atendendo à emergência da situação", explica Ana Margarida Soares, assistente social da Cruz Vermelha, "chamamos os apoios mais adequados".

A mesma técnica explica que se a vítima estiver fora de casa também é "facilmente localizável através do sistema de GPS, e dizemos, por exemplo, para se dirigir a um sítio com muita gente como cafés".

Esta solução é uma extensão de um serviço da Cruz Vermelha - a teleassistência - que recebe actualmente cerca de 10 a 15 apelos por dia, mas de pessoas idosas que se encontrem numa situação de emergência ou com necessidade de apoio psicológico. Neste caso, este serviço também pode ser utilizado por familiares de doentes de Alzheimer .


in.:http://dn.sapo.pt/

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