quarta-feira, 9 de junho de 2010

CVP em acção: Queda de pilar em criança. Intervenção CVP Vilar/Vila do Conde.


Uma criança de quatro anos, que estava a brincar no recreio do jardim-de-infância, em Vilar do Pinheiro, Vila do Conde, foi atingida por um pilar de cimento com 100 quilos. Daniel Sousa foi operado no Hospital S. João, no Porto, onde ainda permanece internado.

Para José Sousa, pai do menino, a situação, que aconteceu pelas 13.50 horas de anteontem, segunda-feira, "acabou por ser um grande milagre". "Poderíamos estar a comentar a morte de um grupo de crianças que brincava no recreio da escola. Por sorte, quando o meu filho correu para ir apanhar uma bola, o pilar que suportava um coberto passou-lhe de raspão pela cabeça e pelo braço, caindo em cheio em cima do joelho", descreveu.

À entrada da Urgência Pediátrica do Hospital de S. João, o encarregado de educação explicou , ao JN, que o filho tinha sido operado - partiu o fémur da perna direita -, encontrando-se "muito traumatizado" com o sucedido. "Está sempre a repetir que não quer voltar para a escola", acrescentou José. Fonte hospitalar confirmou, ao JN, que o menino "encontra-se estável".

O pai da criança assumiu ainda a intenção de contactar um advogado, a fim de apurar "responsabilidades". "Não sei o dia de amanhã e o Daniel pode vir a sofrer consequências no futuro", disse.

No local do acidente esteve uma equipa da Cruz Vermelha Portuguesa de Vilar/Vila do Conde, uma viatura de suporte imediato de vida de Vila do Conde e a VMER do Hospital de Pedro Hispano, de Matosinhos. O menino ainda foi transportado para o hospital da Póvoa de Varzim, mas, dada a gravidade do traumatismo, Daniel foi transferido para o S. João.

À porta do jardim-de-infância, que funciona na antiga EB 1 de Vilar do Pinheiro, o acidente de Daniel era conversa entre os familiares que esperavam, ontem à tarde, pela saída das crianças. "Não sei como isto foi acontecer, porque a escola foi alvo de obras há dois anos", comentou uma avó. Ao que o JN conseguiu apurar, 25 crianças frequentam o estabelecimento de ensino. Ontem, uma funcionária disse ao JN que a directora "não se encontrava no local", remetendo os esclarecimentos para a Câmara.

A Autarquia assume a responsabilidade do acidente, mas não tem explicação para o sucedido. As primeiras análises ao local, realizadas pelo técnico da Divisão Municipal do Parque Escolar, indicam que o aquecimento da madeira do coberto poderá ter enfraquecido a coluna, que depois tombou com um empurrão ou encosto, explicou, ao JN, o presidente da Câmara, Mário de Almeida. O pilar, com cerca de um metro e meio de altura, foi removido pouco depois e o jardim-de-infância não chegou a ser encerrado.

Na sequência do acidente, o autarca pediu uma vistoria a todas as escolas com aquele tipo de construção, da década de 30.


in.:JN

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