domingo, 13 de março de 2011

CVP em acção: CVP Sobreira realiza parto no domicílio.

Socorristas do Núcleo da Sobreira da Cruz Vermelha Portuguesa fizeram parto.

Uma mulher de 27 anos, residente em Recarei, Paredes, foi, ao final da tarde de sábado, surpreendida pela rapidez com que deu à luz o seu primeiro filho. O parto acabou por ser efectuado por três socorristas do Núcleo da Sobreira da Cruz Vermelha Portuguesa, na própria casa da parturiente. Em oito anos de existência, foi a primeiro vez que elementos deste Núcleo ajudaram uma criança a nascer.

Bebé já tinha nascido, mas faltava cortar cordão umbilical

O alerta foi dado às 18h26 de sábado. Os responsáveis do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) davam conta de uma mulher em trabalho de parto do seu primeiro filho. Avisavam também que, ao contrário do que é costume acontecer, desta vez não haveria apoio da Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Vale do Sousa.

Leandro Santos, Carla Rocha e Sérgio Guimarães saíram um minuto depois do telefonema e em pouco tempo chegaram a Bustelo, em Recarei. “Quando lá chegámos a mulher já estava em trabalho de parto e o bebé tinha acabado de nascer”, recorda Leandro Santos, socorrista há quatro anos. “Ainda tive de cortar o cordão umbilical, aspirar e provocar o choro ao bebé”, acrescenta.

Os 30 minutos seguintes foram dedicados, primeiro, a prestar os primeiros cuidados de saúde ao menino e, depois, a estabilizar a mãe. “Correu tudo bem e a seguir fizemos o transporte para o Hospital Padre Américo, em Penafiel”, descreve Leandro Santos. “A mãe ainda ficou a ser tratada pelos médicos, mas aparentava estar bem”, diz.

Formação adequada não evitou emoção única

Em oito anos de existência, esta foi a primeira vez que um socorrista do Núcleo da Sobreira da Cruz Vermelha Portuguesa realizou um parto. Isto apesar de todos os elementos estarem habilitados para o fazer. “Nós temos formação pediátrica. No meu curso, uma enfermeira ensinou todos os passos a fazer num parto. Também temos todo o material necessário na ambulância para este tipo de casos”, explica.

No entanto, segundo Leandro Santos, da teoria à prática vai uma grande distância. “Por muita formação que tenhamos esta é uma situação especial. É o auge da vida de um socorrista”, garante.

Leandro Santos já pediu à mãe para, logo que regresse a casa, passar pelas instalações do Núcleo da Sobreira da Cruz Vermelha Portuguesa para que todos possam ver o recém-nascido, até porque “este era o único tipo de serviço” que lhe faltava no currículo. “No final, foi uma grande felicidade para os três socorristas”, frisa.

in.:www.verdadeiroolhar.pt

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